
O panorama dos resultados da América Latina fez com que a Netflix recalculasse suas estratégias. Entre algumas delas, está a implantação do polêmico bloqueio do compartilhamento de senhas. A prática passaria a ser interrompida a partir deste mês, mas precisou ser adiada após os resultados desastrosos do primeiro trimestre de 2023 divulgados para investidores nos últimos dias.
Em um anúncio feito internamente para investidores, a Netflix afirmou que a implantação do bloqueio teve uma pausa momentânea e será retomado a partir do mês de junho. O primeiro país a ser impactado pelas mudanças será os Estados Unidos, seguido de outros mercados expressivos como o Brasil.
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“O lançamento [do bloqueio de compartilhamento de senhas] no segundo trimestre será amplo, incluindo os EUA e a maioria de nossos países“, afirmou Greg Peters, co-CEO do streaming. Quando estiver consolidado, este recurso promete solucionar um problema em larga escala.
A Netflix estima que cerca de 43% de seus assinantes compartilham senhas, prática considerada irregular e que prejudica o faturamento da plataforma de vídeo. Até o momento, Chile, Costa Rica, Peru, Canadá, Nova Zelândia, Portugal, Espanha, Argentina, República Dominicana, El Salvador, Guatemala e Honduras foram os únicos países em que o bloqueio foi testado.
Entenda como será
Mesmo que o assinante tenha um plano multi-telas, os dispositivos reproduzindo o conteúdo da Netflix devem estar na mesma casa. A plataforma detecta as conexões através de informações como endereços IP, IDs de dispositivos e atividades da conta. A Netflix ainda ressalta que não vai cobrar de imediato o uso da plataforma em domicílios separados, mas vai bloquear o acesso ao verificar dois endereços diferentes.
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Ao viajar ou ir para um lugar diferente, o usuário deve solicitar um código temporário de acesso por sete dias consecutivos. “Se uma conta Netflix for usada por um dispositivo que não esteja associado à residência do proprietário da conta principal, o dispositivo precisará ser verificado antes de poder ser usado para assistir à Netflix”, revela.
A companhia também ressalta que pode fazer verificações adicionais nos dispositivos de tempos em tempos. O objetivo é garantir que todos os aparelhos possuem autorização para usar o serviço. A empresa ainda não revelou quanto vai custar a taxa, mas estimativas de especialistas apontam que o valor extra pode ficar em torno de R$ 10.
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