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Pra continuar no clima de Heatstopper: 5 séries que abordam o universo LGBTQIA+ na Netflix

Ander e Omar em Elite, da Netflix (Foto: Reprodução)
Ander e Omar em Elite, da Netflix (Foto: Reprodução)

Chegou recentemente ao catálogo da Netflix a segunda temporada de Heartstopper, cuja estreia no ano passado foi aclamada pelos fãs ao apresentar a história fofa e impactante de Charlie e Nick. Na trama, os dois adolescentes acabam descobrindo que são mais do que apenas amigos e acabam precisando lidar com toda a dificuldade presente na vida amorosa e também na escolar.

Além de uma série que meramente fala de amor, Heartstopper é um marco também por abordar de forma criativa e sem preconceitos ou clichês o universo LGBTQIA+. Mesmo tendo reduzido o investimento em produções do gênero, a Netflix conta com muitas séries e filmes que abordam o tema em seu catálogo, que é o maior com produções originais entre os serviços de streaming.

Há tanto produções com o universo LGBTQIA+ como temática principal — como Heartstopper —, como filmes e séries que dão grande espaço e representatividade para personagens que fazem parte da comunidade. Neste post, apresentaremos sete produções da Netflix que abordam o universo mais colorido das telinhas, de uma forma ou de outra.

Vamos à lista?!

Elite

Nada melhor que começar falando de um verdadeiro clássico entre adolescentes do mundo todo. A série Elite, que já tem nada menos que 7 temporadas completas no catálogo da Netflix e ganhará mais uma no ano que vem, acompanha os desdobramentos de um assassinato que acontece após três jovens da escola pública serem transferidos para um conceituado colégio de elite.

Desde a primeira temporada, Elite é um mar de representatividade LGBTQIA+, embora não tenha o gênero como seu tema principal. Os personagens Omar e Ander, inclusive, viraram queridinhos do público como um casal e foram uns dos únicos a sobreviverem à separação de casais em massa que rolou entre a terceira e a quarta temporada, com uma renovação do elenco da série espanhola.

Sex Education

Outra série que não tem como mote principal a homossexualidade, mas a aborda com primazia é Sex Education. A produção britânica aborda a história de Otis, um adolescente socialmente inapto que vive com sua mãe e ainda é virgem — embora seja especialista em sexo. Junto com uma colega, ele resolve montar sua própria clínica de saúde sexual para ajudar estudantes da escola.

Em Sex Education, o melhor amigo do protagonista é Eric, um garoto negro e afeminado que tem vontade de ser reconhecido e amado na escola e em sua família, mas vive num lar religioso onde, mesmo amado, ele precisa conviver com o medo constante dos pais sobre sua segurança — 0 que gera impactos em sua forma de se vestir e na maneira como ele se comporta em sociedade.

Em boa parte, esse medo é justificado, visto que a série aborda com maestria o tema homofobia. O maior agressor de Eric, Adam, acaba se descobrindo atraído por ele enquanto o agride — algo muito comum no mundo atual, onde a homofobia enraizada na homossexualidade reprimida se origina na inveja da liberdade do outro em exercer sua sexualidade.

Orange is The New Black

Indo um pouco mais pro passado, outra série que aborda a homossexualidade é Orange is The New Black, que acompanha a saga de Piper Chapman, uma mulher sentenciada a 15 meses de prisão após ter cometido crimes para a sua ex-namorada, a traficante Alex. Para sobreviver na prisão, ela precisa aprender a conviver com outras detentas e acaba descobrindo que sua ex está cumprindo pena no mesmo lugar.

Considerada como um avanço para os direito e reconhecimento dos LGBTQIA+, a série não teve medo de mostrar relacionamentos entre lésbicas ou bissexuais, os quais são geralmente fabricados para deleite do olhar masculino na indústria. A série mostra relações homoafetivas tanto da protagonista quanto de outras personagens, tudo com naturalidade e sem o pudor costumeiramente presente nesse tipo de produção.

Sense8

Falando ainda de clássicos, não tem como não falar de Sense8, série dramática em duas temporadas que fez bastante sucesso com seu conceito pra lá de inovador. Na produção, acompanhamos a conexão entre grupos de pessoas ao redor do mundo que estão ligadas mentalmente e precisam achar uma maneira para sobreviver enquanto são caçados por aqueles que os veem como uma ameaça para a ordem mundial.

Considerada como uma das séries mais LGBTQIA+ da era atual, esse título já começa do conceito de que todos acabam partidipando na hora do sexo, já que eles estão conectados e sentem os sentimentos uns dos outros. Inclusive, uma das personagens diz no início da trama todos podem ser considerados pansexuais — grupo de pessoas que se interessam por outras independentemente do gênero ou orientação sexual.

Isso sem falar que alguns personagens fazem parte da comunidade de forma literal, como Lito e Hernando — que formam um casal — e a mulher trans lésbica Nomi. A representatividade, no caso de Sense8, vem desde o roteiro, visto que as criadoras e diretoras da série, as irmãs Lilly e Lana Wachowski, são duas mulheres trans e lésbicas.

RuPaul’s Drag Race

Saindo um pouco do campo das séries roteirizadas e partindo para o mundo dos realitys, não dá para falar de representatividade LGBTQIA+ sem mencionar o RuPaul’s Drag Race, programa que é comandado pela drag queen Ru Paul e acompanha a sua saga na procura da melhor drag dos EUA, com a vencedora levando o prêmio de cem mil dólares para a conta bancária.

Um dos programas de maior sucesso dos Estados Unidos, o RuPaul’s Drag Race já teve nada menos do que 12 temporadas — todas elas disponíveis no catálogo da Netflix — e uma 13ª já está a caminho.

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Gostaram da lista? Semana que vem, tem mais!

Sobre o autor

Douglas Nascimento

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