
Sem ao menos ter estreado, Rainha Cleópatra está em alta. Pelo menos é o que dá a entender a grande repercussão do trailer, divulgado nos últimos dias. Infelizmente, há uma forte reprovação à opção da Netflix em colocar uma atriz negra para interpretar o papel principal.
De acordo com informações da BBC, um grupo de pesquisadores egípcios estão acusando a plataforma de vídeo de tentar “apagar a identidade” da cultura local. O egiptólogo Zahi Hawass deu uma entrevista ao jornal egípcio Al-Masry al-Youm afirmando que as justificativas da Netflix para a escolha da atriz negra Adele James foram equivocadas.
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Esta semana, um site oficial da plataforma de vídeo explicou que a escolha de uma atriz negra para viver a rainha Cleópatra 7ª era “uma referência ao debate de séculos sobre a raça da governante“. No entanto, Hawass refutou: “Isso é completamente falso. Cleópatra era grega, o que significa que ela tinha pele clara, não negra“.
“A Netflix está tentando provocar confusão, espalhando fatos falsos e enganosos de que a origem da civilização egípcia é negra. [Isso é tentar] promover o pensamento afrocêntrico, que inclui slogans e textos destinados a distorcer e apagar a identidade egípcia“, completou o pesquisador.
O discurso dele recebeu diversos posicionamentos contrários e favoráveis nas redes sociais, com direito a debates acalorados em publicações.
Sobre a série
Rainha Cleópatra faz parte de uma série documental chamada Rainhas Africanas. Cleópatra representará a segunda temporada da série e contará com quatro episódios. A previsão de estreia está agendada para 10 de maio.
Segundo a sinopse, “reconstituições e entrevistas” farão parte da produção, que “mostra como Cleópatra, a última faraó do Egito, lutou para proteger seu trono, família e legado“. Jada Pinkett Smith, Adele James e Craig Russell estão no elenco. Veja o trailer:
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