As mais de três décadas do relacionamento entre Globo e Faustão encerradas às pressas, em meio a uma negociação intensa e mudanças de planos constantes, promoveu um acompanhamento para documentar esta longa história.
Em Domingão com Huck: A História da História, lançado nesta quinta-feira, 03 de março, foram contadas algumas nuances desta troca repentina que existiu para que o veterano saísse e desse lugar ao apresentador que dominava os sábados.
Em uma das primeiras cenas e mais emblemáticas, é exibido um embate direto entre Huck e Hélio Vargas. O apresentador e o diretor entram em discordância pela forma com que deverá ser tratado o programa, que continua se chamando Domingão.
Para Vargas, esta herança no título significa que não deveria haver um tratamento de “estreia” e Huck discorda: “Eu trataria. Nesse voto você vai ser vencido […] eu não vou concordar porque é o dia que a dona Angelina [mãe de Angélica] vai me ver no domingo. Eu não quero ir lá tampão”. “Então não é estreia”, rebate o diretor.
O apresentador então, diante da insistência, se irrita: “Então não vamos fazer. Se o Caldeirão tá acabando no sábado e eu tô indo pro domingo e não é estreia, é o que então? É tapar buraco?”. “Esse programa tá tapando um buraco”, responde Hélio Vargas.
Mostrando uma personalidade forte, Huck bate o pé e diz que, da maneira em que está sendo colocado, ele não irá topar. Para apaziguar os ares, o diretor chega a dizer que o eterno dono do Caldeirão está certo.
Mas, incomodado, Luciano Huck afirma: “Mas o discurso, se for só interno, ninguém ouviu. Aí é uma reunião, não é um discurso. Discurso você fala para fora, para dentro é nada. Por que não tem mais bailarina nesse palco? O que a gente veio fazer aqui, por que eu não fiquei no sábado?”.
A tensão permanece e Hélio questiona para Huck: “Eu tô só falando… A gente tem que ouvir e não pode falar nada?”. O diálogo tenso e todo o desenrolar da história segue no documentário, que está disponível no Globoplay.
Comentar