
A 2ª temporada de Cidade Invisível tem somente 5 episódios e já está disponível no catálogo da Netflix. Nestes novos capítulos, a série brasileira introduz algumas das lendas mais interessantes do folclore nacional – que surgem em uma nova roupagem e com poderes sobrenaturais. Criada por Carlos Saldanha (Rio), a série tem Marco Pigossi (Tidelands) encabeçando o elenco.
Além dele, os atores Alessandra Negrini (Travessia), José Dumont (Dois Filhos de Francisco), Fábio Lago (Tropa de Elite) e Julia Konrad (1 Contra Todos) estão no elenco principal. “Depois de voltar à vida em águas sagradas, um homem faz de tudo para encontrar a filha. Nessa busca, ele descobre sua verdadeira natureza”, diz a sinopse oficial da 2ª temporada de Cidade Invisível.
Mas vamos ao que interessa: as criaturas místicas e poderosas que abrilhantam a trama. Os que todo mundo já conhece desde criancinha são a Mula Sem Cabeça (Simone Spoladore) e a Cuca (Alessandra Negrini), personagem que brilhou nos anos 2000 em Sítio do Picapau Amarelo, da Globo. Então vamos focar aqui principalmente em outros seres menos aclamados.
Veja também – Christina Ricci comenta possível retorno na segunda temporada de Wandinha
Como a Boiúna, uma criatura mágica que desempenha um papel muito importante na 2ª temporada da série. A versão humana da criatura é interpretada pela atriz Zahy Tentear, que é de origem indígena. No mundo dos humanos, a Boiúna assume o nome Débora. De acordo com a mitologia da etnia Tenetehára-Guajajaras, o ser é uma cobra gigante que reside no fundo dos rios e lagos da Floresta Amazônica.
Famosa por seus olhos cintilantes, ela costuma assumir a forma de uma bela mulher para atrair a atenção dos marinheiros e, em seguida, afogá-los. Uma das lendas menos conhecidas da 2ª temporada de Cidade Invisível é do Zaori (Sebá Alves). Esse ícone do folclore vem da Região Sul, particularmente do Rio Grande do Sul. Segundo o folclore sulista, “Zaori” é um homem que nasce na Sexta-Feira da Paixão (Sexta-Feira Santa).
Outras lendas abordadas:
Os Zaoris se parecem com homens comuns. A única diferença entre as criaturas míticas da crendice popular e os humanos são os olhos: brilhantes e de cores que não existem na natureza. Com esses olhos especiais, os Zaoris têm o poder da “visão além do alcance”. Eles podem enxergar através das paredes, a distâncias longínquas, e durante a noite. Muitos deles usam as habilidades especiais para encontrar tesouros escondidos.
Na história, Sebá Alves interpreta o Zaori Lazo, uma entidade poderosa que é transformada em escava por um grupo de garimpeiros. Temos ainda a Matinta Perê (Letícia Spiller). Ela é uma espécie de bruxa que aparece com os cabelos desgrenhados e pinturas de guerra. Para quem não conhece, a lenda da Matinta Perê (ou Matinta Pereira) descreve uma criatura mágica que, durante o dia, assume a forma de uma velha bruxa, mas…
À noite, ela se transforma em pássaros como a coruja e o urutau. Depois que o sol se põe, em algum momento a Matinta pousa no telhado de uma casa, piando sem parar. O barulho só cessa quando o dono da residência promete um presente à entidade (fumo ou cachaça, na maioria das vezes). Ardilosa, no dia seguinte a Matinta (em sua forma de bruxa) retorna à casa para cobrar o presente. Se o dono não cumprir com a palavra, ela roga uma praga de consequências terríveis.
Comentar