
A Netflix liberou nos últimos dias um filme em seu catálogo que despertou a fúria. Nas redes sociais, uma cena de Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola tem repercutido bastante e causado um certo desconforto, principalmente por parte do clã da família tradicional brasileira.
No filme, Fábio Porchat interpreta um pedófilo e as cenas explicitamente mostram o personagem Cristiano fazendo com que duas crianças peguem em suas partes íntimas. Para evitar mostrar o momento em que a criança pega no membro do homem, são exibidos alguns desenhos.
Só que, todo o contexto dá a entender que realmente a criança praticou o ato. Diante da situação controversa, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) afirma que entrou com ação junto ao Ministério da Justiça na tentativa de retirar o título do catálogo da Netflix.
“O repugnante filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola naturaliza a pedofilia a fim de normalizá-la. Já informei ao Ministério da Família ao qual oficiarei, assim como denunciarei ao MP e solicitarei informações ao CNMP acerca dos procedimentos em curso”, disse ela.
Porém, o filme de 2017 teve autorização do próprio Ministério. Ao receber a Classificação Indicativa de não recomendado para menores de 14 anos, o Ministério da Justiça tem o poder de autorizar ou desautorizar a veiculação das imagens de acordo com a Classificação escolhida pelo produtor. E, ainda assim, o Ministério não fez qualquer contraponto.
Em resposta, Fábio Porchat explicou se tratar de mera obra fictícia e alertou sobre a necessidade de se separar o mundo real do imaginário: “Como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas”.
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