
Guto Barra e Tatiana Issa, diretores e roteiristas do documentário pacto Brutal: o Assassinato de Daniella Perez, que estreou nesta quinta, 21, na HBO Max, comentaram sobre o assassino da atriz, que vivia uma excelente fase em sua vida pessoal e carreira no ano de 1992.
“No julgamento, mostram as roupas da Daniella, você tem essa sensação real de 18 punhaladas, é uma coisa muito marcante. Como poderia ser uma legítima defesa e você dá 18 punhaladas numa pessoa?”, questionou Guto Barra, diretor da trama documental, em entrevista.
“Como é uma mulher, as pessoas se dão o direito de perguntar ‘mas o que ela estava fazendo nesse lugar escuro?’, como se ela tivesse ido lá pelas próprias pernas, o que não aconteceu. Até nas pequenas coisa você vê essa tinta do patriarcado, do machismo, do julgamento, da impressão de que a mulher sempre tem algo a esconder” completa Guto.
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Tatiana Issa opina: “É uma coisa que ficou durante 30 anos. As pessoas ainda perguntavam quando a gente começou a fazer a série: ‘Ela teve um caso com ele?’. Como se isso justificasse [o assassinato], que pergunta é essa? Primeiro que não. Fica provadíssimo no documentário, é comprovado nos autos do processo”.
E segue: “Claro, era muito mais saboroso para a imprensa na época, que era uma imprensa muito mais sensacionalista, brincar em cima dessa coisa passional, de romance que não houve, porque isso vendia. Mas isso fica na cabeça das pessoas”, acusa a diretora. Com informações do Notícias da TV.
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