
Um cenário nada animador está sendo enfrentado pela Netflix em seu primeiro mês de implantação de uma nova prática aqui no Brasil. A plataforma de vídeo passou a taxar os assinantes dos planos Padrão e Premium que compartilham uma mesma conta em endereços diferentes.
Porém, conforme a própria empresa previu (confira abaixo), o polêmico bloqueio de compartilhamento de senhas provocou uma reação negativa que afetou a base de clientes do streaming. De acordo com dados obtidos pelo Sensor Tower e interpretados pelo Mobile Time, o Brasil está seguindo uma tendência descendente no que se refere a base de assinantes.
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Enquanto a Netflix registrou um aumento na quantidade de clientes pelo mundo no mês de maio, 3% dos assinantes do mercado brasileiro cancelaram suas contas. A queda coincide com o mês em que o país passou a ser incluso nas mudanças, que estavam sendo implantadas gradativamente ao longo dos últimos meses pelo mundo.
Para que tenhamos ideia do cenário desanimador, enquanto a Netflix perdeu clientes no Brasil, o Star+ aumentou a quantidade de assinaturas em 60%, a HBO Max em 33% e o Globoplay em 15%. Apesar dos dados, o Sensor Tower não enumerou com exatidão quantos cancelamentos representam estes 3% diagnosticados sobre a realidade da Netflix em maio.
Reações negativas dos clientes
Desde o início, a Netflix trabalhava com a possibilidade de reação negativa ao bloqueio de compartilhamento de senhas. Mais explicitamente, o CEO da plataforma de vídeo admitiu haver um receio em torno do assunto.
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Greg Peters, que divide o cargo de co-CEO da Netflix com Ted Sarandos, afirmou esperar uma “reação de cancelamento” que afetará o número de assinantes. Objetivamente falando, a tensão em torno do assunto deve provocar uma debandada na base de clientes da empresa.
“Este não será um movimento universalmente popular“, admitiu Peters. Ele também explicou que a intenção real de promover esta mudança se dá principalmente pela necessidade em dar “uma cutucada gentil“, segundo relatou a revista Variety.
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