
Em meio a toda imparcialidade, há uma parcialidade implícita. Esta noção recebe um sentido ainda mais claro, quando nos referimos a casos como a Netflix com relação a The Crown. A série foi criticada pela forma em que abordou a tragédia da Princesa Diana no final da quinta temporada, diante de supostas tendências adotadas no enredo.
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Para quem acompanhava a série, ficava a impressão de que a traição de Charles havia sido meramente uma obra do acaso e de que ele é uma “vítima do sistema”. Da forma em que foi posto, o romance dele com Camilla seria como uma consequência após a frustração que ele tinha por ter sido supostamente forçado a se envolver com Diana.
Por outro lado, The Crown nunca escondeu sua simpatia com a Rainha Elizabeth, deixando de lado ou retratando minimamente diversas controvérsias da realeza. Agora, a expectativa é de que tudo isto encaminhe para que a Netflix se posicione mais uma vez favoravelmente para a Família Real britânica.
Com isto, a expectativa é de que a coroação do Rei Charles III seja sentida diretamente na 6ª temporada da série. Não estranharemos se o personagem surgir com tom positivista, deixando de lado diversos pontos problemáticos que envolvem sua coroação. Para a Netflix, fica o receio de querer comprar briga com figuras importantes.
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Para o público, fica uma clareza de que a plataforma de vídeo adotou um lado e de que este lado não cumpre com a verdade. Enquanto The Crown 6 não chega, vale a pena ir conferindo as cinco primeiras temporadas disponíveis no catálogo do streaming.
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